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  • Fátima
  • 25 de out. de 2019
  • 2 min de leitura

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The Hymn of Death, é uma série de 3 episódios que está na Netflix e que me apaixonou. Já vos disse que um dos motivos que me levou a criar este espaço, foi a história da Coreia, aproveitando isso lembrei-me desta série que é realmente muito boa. Inspirada em factos reais e passada num período bastante turbulento que foi o fim da Dinastia Joseon e a ocupação japonesa, 1910 a 1945. The Hymn of Death conta com um dos meus actores preferidos (mais um) Lee Jong-suk e Shin Hye-sun. Tudo se passa em 1920 a Coreia está sob o domínio japonês, os coreanos nem todos são de confiança, alguns até adoptaram nomes japoneses e como se pode imaginar, falar mal do Japão não era boa ideia, haviam olhos e ouvidos por todo o lado e quem fosse contra o Japão esperava-os a prisão, a tortura e até a morte. Kim Woo Jin e Yun Sim Deok embora coreanos, conhecem-se no Japão onde ambos vivem, ela com a família, onde estuda canto lírico e sonha um dia subir a um grande palco. ele, sozinho, um conhecido escritor que aproveita, sob um pseudónimo, para escrever textos pro-Joseon, e peças de teatro provocatórias tentando assim manter viva a cultura do seu país. Kim participa também do grupo de teatro para o qual escreve onde, um dia depois de ouvir Yun, acaba por a recrutar. Ela que já estava adaptada aos costumes japoneses, fica um pouco relutante em aceitar o risco de fazer parte daquele grupo, mas aos poucos começa a entender, respeitar e até absorver os ideais deles. Mas isto não vai ser nada fácil, como se não bastasse terem o Império Japonês à perna, o casal ,que entretanto como já devem ter imaginado, se apaixonou, tem outro problema, Kim Woo Jin é casado, herdeiro de uma rica família tradicional. Naquela época os casamentos eram arranjados, acho que era por isso que ele vivia no Japão, bem longe da esposa, digo eu. Impossibilitados de ficar juntos, Yun Sim Deok decide seguir o seu caminho, e viver o sonho de se apresentar num grande palco. Será que o amor deles vai resistir à distância? O que acham que aconteceria em 1920 se uma mulher se envolvesse com um homem casado, especialmente num período de transição, acabados de sair da época de Joseon, onde existia a tradição dos grandes casamentos familiares? É por medo ao ostracismo, da carreira arruinada por boatos, da vergonha que ambos trariam ás suas famílias que os dois acreditam que só uma atitude drástica os poderia libertar. The Hymn of Death é uma história real, é sobre duas pessoas que foram esmagadas pela pressão política e social da época.


Só uma curiosidade: ambos os personagens existiram, a canção "Praise of Death" interpretada por Yun na série, foi gravada em 1926, em Osaka, com acordes da música "Ondas do Danúbio", de Ion Ivanovici, é considerada uma das primeiras músicas populares da Coreia tendo versões gravadas até aos dias de hoje. Yun Sim Deok e Kim Woo Jin cometeram suicídio num navio que seguia de Simonoseki para Busan, as suas obras tornaram-se populares após a sua morte.

 
 
 
  • Fátima
  • 24 de out. de 2019
  • 2 min de leitura

E porque não começar com um pouco de história?


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A Península da Coreia encontra-se a oeste da China, a leste do Japão e está politicamente dividida em duas áreas: República da Coreia e República Popular Democrática da Coreia sendo, actualmente, a única nação dividida.


A República da Coreia, ou Coreia do Sul, é considerada a maior nação planetária em termos de densidade populacional, com cerca de 48 milhões de habitantes, e tem como capital a segunda maior metrópole do planeta e uma das cidades mais significativas do mundo, Seul.

Os historiadores garantem que os primeiros habitantes chegaram à Coreia há 500 mil anos. Em 2333 AC, Dan-Gun, considerado o pai da civilização coreana, fundou o primeiro reino da Coreia, Gojoseon. O país foi sendo construído com uma cultura altamente sofisticada e sob valores éticos e morais que fizeram os vizinhos chamá-los de Civilização Terra do Leste ou Reino do Diamante. Foram várias as dinastias que dominaram a Coreia, a mais emblemática foi a Dinastia Joseon que comandou o país entre 1392 e 1910.


A península da Coreia está cortada desde 1945 pelo Paralelo 38N, uma linha que divide dois Estados, a República da Coreia a sul e a República Popular Democrática da Coreia a Norte. Resultado de um acordo entre Moscovo e Washington. No Paralelo 38, em 1948, esta nação foi dividida entre soviéticos e americanos, foram instaurados novos governos nos dois países. Porém, nenhum dos territórios estava feliz com a divisão e ambos queriam controlar o país. Em 1950, China e União Soviética unem-se aos norte-coreanos e invadem a Coreia

do Sul. As tropas americanas fazem o mesmo, ajudando a Coreia do Sul, dando assim início à Guerra da Coreia. A 3 de Julho de 1950, depois de várias tentativas para derrubar o governo do sul, a Coreia do norte ataca e toma de surpresa a capital, Seul. Em Setembro, as forças das Nações Unidas iniciam uma ofensiva para retomar a costa oeste, já ocupada pelos norte-coreanos. No dia 15 de Setembro chegam a Incheon e, algumas horas depois, entram na cidade ocupada. Os setenta mil soldados norte-coreanos foram vencidos pelos cento e quarenta mil soldados das Nações Unidas e três meses depois Seul é libertada. No dia 1 de Outubro as forças internacionais violam a fronteira do Paralelo 38, e avançam para a Coreia do Norte. Durante três anos o povo coreano, uma das mais notáveis culturas da Ásia, foi envolvido numa brutal guerra fraticida, violenta para ambos os lados. A Guerra da Coreia foi travada entre 25 de Junho 1950 e 27 Julho 1953. Em Junho começaram as negociações de paz que duraram dois anos e resultaram num acordo assinado em Panmunjon a 27 de Julho de 1953. O único resultado é o cessar-fogo. Na guerra coreana morreram cerca de três milhões e meio de pessoas. O tratado de paz ainda não foi assinado e a Península da Coreia

continua dividida em Norte e Sul. Deixo-vos este link interessante de fotos antigas da Coreia, antes da separação.

 
 
 

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